Conhecido como um dos melhores trekkings do mundo, o Vale do Pati se destaca por suas dramáticas paisagens, sua exuberante fauna e flora e sua diversidade de atrações. Mirantes, Grutas, Poços, Cachoeiras esperam para serem descobertos pelos viajantes. Localizado no Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Trekking do Vale do Pati encanta quem o conhece.
Não bastasse tudo isso, o Vale do Pati é o lar de pessoas muito especiais, os patizeiros. No Vale, essas pessoas vivem em cerca de 14 famílias, que estão prontas para receber os viajantes de coração aberto. Participando dessa trilha, os trilheiros contribuem diretamente para o desenvolvimento da economia local, pautado pelo turismo na Chapada Diamantina. Se você busca uma aventura autêntica, o Vale do Pati é o melhor destino para você.
- Onde fica o Vale do Pati?
- Como chegar ao Vale do Pati?
- Existe uma melhor época para ir ao Vale?
- O que fazer no Vale do Pati?
- Como funcionam as Hospedagens no Vale?
- Como entender o grau de dificuldade?
- Como funciona o serviço de guias e agências?
- Quanto custa a experiência no Vale do Pati?
- Quantos dias preciso para me planejar?
- Qual a estrutura da trilha do Vale do Pati?
1 . Onde fica o Vale do Pati?
Localizado entre os municípios de Andaraí e Mucugê, os principais acessos do Vale do Pati se dão pela pacata vila do Guiné, distrito de Mucugê. É importante salientar que o Vale do Pati não tem acesso de carro ou quaisquer tipos de veículos motorizados. O acesso se dá somente via caminhada ou mula, essa segunda opção sendo utilizada praticamente apenas pela comunidade local. Ou seja, o Vale não é uma cidade, distrito ou povoado que se pode acessar facilmente, é necessário enfrentar uma trilha para chegar ao seu coração.
- Como chegar?
Partindo do Guiné, distrito de Mucugê, são aproximadamente 3 horas de caminhada para ter acesso ao primeiro ponto de habitação do Vale, a famosa Igrejinha. A caminhada contempla a travessia do rio Preto em um campo rupestre chamado de Gerais do rio Preto, seguido pelo principal mirante do Vale, onde à sua direita esta a principal descida para o Vale, conhecida como Rampa da Igrejinha. É importante salientar que saindo do Guiné necessariamente precisa-se subir um desnível de aproximadamente 200 metros, pelo Aleixo ou pelo Beco, e depois descer a rampa, com desnível semelhante.
- Existe uma melhor época para ir ao Vale?
Muitos blogs pela internet pontuam duas estações principais para o Vale do Pati, separando a temporada de chuvas e a temporada seca. Segundo esses artigos, entre os meses de outubro e março se concentram as chuvas, enquanto para os meses de abril a setembro seria o período mais seco. Porém, de acordo com a experiência da ultima década, cada vez mais não é possível prever estações bem definidas. A rigor, áreas montanhosas possuem maiores precipitações, os morros e serras que compõem o cenário da Chapada Diamantina formam condições específicas que favorecem as chuvas, a grosso modo.
Portanto, o Vale do Pati pode ser feito para o ano todo. Embora muitas pessoas se preocupem excessivamente com chuvas, se você estiver acompanhado de uma boa agência ou um bom guia, esses devem ter planos de contingência para situações de muita ou nenhuma chuva, afinal, o calor excessivo também representa riscos à atividade. O ideal é consultar o clima com no máximo 15 dias de antecedência. Fora desse período, a imprecisão é muito maior.
4 . O que fazer no Vale do Pati?
Grutas, Cachoeiras, Mirantes, Poços. O Vale do Pati é recheado de atrações incríveis, muitos roteiros diferentes são disponibilizados na internet. Antes de tudo, é preciso se planejar de acordo com seu condicionamento físico. Acumular altimetria e quilometragem dia após dia representa um nível de cansaço físico que é necessário estar disposto e preparado para aguentar.
Em nossa experiência pessoal, já tivemos muitos visitantes que em seu planejamento desejavam conhecer toda a extensão do Vale, mas na prática não conseguiram ter o desempenho almejado. Portanto, vale à pena seguir à risca as orientações das agências e guias da Chapada Diamantina, que já possuem uma média de acordo com suas práticas do que é possível ou não a partir da quantidade de dias selecionada.
Poucas horas após o início da aventura já temos a grande recompensa do Mirante do Vale do Pati, uma vista inacreditável de todas as porções do Vale, com destaque para o Morro do Castelo que corta as duas principais bacias da região, o rio Funis e o rio Lapinha.
Composto por três Cachoeiras, o rio Funis nos dá acesso a uma tarde relaxante, principalmente em dias de sol. Geralmente é o caminho principal para acesso ao Pati do Meio, com suas cachoeiras que variam de 10 a 30 metros de altura!
A trilha mais desafiadora do Vale. Com altimetria de aproximadamente 450 metros, subimos por um caminho sombreado até uma de suas torres, de onde temos vista para a parte detrás do morro, para o Vale do rio da Lapinha.
Considerado por muitos turistas como o ponto alto do Vale do Pati, a vista do Cachoeirão por Cima contempla toda a região do Pati de baixo, porção visitada pelos aventureiros que optam pelo roteiro de 5 dias. O Cachoeirão tem cerca de 280 metros de altitude, e na época de Chuva chega a ter mais de 20 quedas d’água simultaneamente.
Sendo uma das caminhadas mais tranquilas do Vale pela sua baixa altimetria e trilha sombreada, o Poço da Árvore se destaca por ter inúmeras cascatas e piscinas naturais para banho. Além disso, é no Poço da Árvore que ocorre a entrada do rio Funis no rio Lapinha, ou seja, ambos rios se encontram para formar um verdadeiro espetáculo natural.
Antigamente conhecida como Ladeira do Cachoeirão, esse atrativo possui alguns dos melhores Mirantes para o Vale, pela sua altitude e posicionamento estratégico. A Ladeira é a principal forma de finalizar a travessia rumo a cidade de Andaraí.
E claro, isso não é tudo! Ainda temos outros atrativos como o Gerais do rio Preto, a Cachoeira do Calixto, a desconhecida Cachoeira do Império, que oferecem caminhadas de tirar o fôlego!
Como funcionam as hospedagens no Vale do Pati?
Uma das perguntas mais feitas para nossa agência, principalmente por aqueles que ainda não tiveram muito contato com o mundo das trilhas. A recepção é feita pelos nativos do Vale, que possuem cerca de 14 moradias distribuídas pelos seus 3 distritos, Cima, Meio e Baixo. Nas casas dos Nativos, encontramos um ambiente tranquilo, rustico e acolhedor. Beliches são disponibilizadas para os turistas, além de travesseiros e cobertores. As casas possuem banheiros coletivos, além de que em alguns casos podem oferecer até mesmo barzinho e mercadinho. As casas possuem estruturas mistas. Alguns guias e agências optam por preparar as refeições dos turistas, em outros casos os nativos ou pessoas contratadas já preparam as refeições.
Como entender o grau de dificuldade?
Cada trilha possui um grau de dificuldade diferente. Porém, o que muitos não sabem, é que essa métrica é medida a partir de uma série de estudos, norteados por normas da ABNT. Dentre esses parâmetros podemos citar alguns principais, tais como a frequência de turistas na trilha, número de guias em operação, dificuldades do terreno e acesso à hospitais e centros de saúde, etc.
Embora o Vale do Pati não possa ser subestimado, o ecossistema de trilhas no Vale é muito bem definido. Não há trilhas fechadas ou instáveis, a exposição a altura acontece de forma mínima e controlada, a presença de muitos turistas e guias também reforçam a rede de segurança caso algo aconteça, além da casa dos nativos que permitem carregar menos peso, afinal, não é necessário material de camping.
Como funciona o serviço de guias e agências?
Agências e guias oficiais passam por rigorosos treinamentos, em campo e também burocráticos, para oferecer o melhor serviço. Portanto, estar acompanhado de alguém que conhece o local e possui treinamento para agir em caso de emergências é fundamental.
Embora o Parque Nacional não cobre taxas de acesso e nem faça exigência do acompanhamento de guias ou agência, é preciso ter ciência dos riscos de atividade outdoor, especialmente se você não possui experiência.
Os guias não só ajudam nos protocolos de segurança, como também são capazes de compartilhar informações a respeito da fauna, flora e história sobre o Vale do Pati.
Na nossa agência, somos especialistas na História do Vale, e você pode conferir nossos roteiros de Trekking no Vale do Pati em diferentes quantidades de dias;
Quanto custa a experiência do Vale do Pati?
A travessia do Vale do Pati envolve alguns custos. Translado de ida e volta, alimentação, guias, hospedagem e seguro aventura são os principais. Portanto, o valor médio para os roteiros de 3 a 5 dias são de R$ 1.600,00 a R$ 2.800,00, a depender da agência e dos serviços inclusos.
Quantos dias preciso para me planejar?
Levando em consideração que agências e guias possuem planejamento centrado, é possível reservar a trilha com no máximo 1 dia de antecedência, embora para quem não tenha experiência ou equipamentos de trilha como bota e mochila prefira até 60-90 dias de antecedência. Não tem muito segredo, é só chegar e curtir!
Qual a estrutura da trilha do Vale do Pati?
Embora possua bastante comodidade com a casa dos nativos, a trilha tem estrutura rústica, sem sinal de telefonia ou internet. As casas dos nativos possuem banheiros compartilhados e quartos com beliches, com opção de quartos privativos para casais. As trilhas não possuem suporte como escadas ou estruturas criadas, apenas em trechos pontuais. Portanto, embora não seja uma trilha de alto grau técnico, é preciso ter uma experiência mínima caso opte por fazer a trilha de forma autônoma.
Conheça nossa agência.
A XandyTrekking é especialista no Vale do Pati. Estamos todas as semanas no Vale. Faça o Vale do Pati com quem valoriza e respeita as memórias e cultura local. Conheça nossas opções da Travessia do Vale do Pati aqui, ou entre em contato por nosso whatsapp.















